O divórcio é um assunto complexo que tem gerado muitas dúvidas e confusões, principalmente quando se trata da infidelidade conjugal. Muitas pessoas questionam se Jesus permitiu o divórcio em caso de infidelidade no casamento. Neste artigo, vamos explorar os textos bíblicos relacionados a essa questão e buscar entender o contexto e a interpretação correta desses versículos.
No Evangelho de Mateus, nos capítulos 5 e 19, encontramos as únicas passagens que sugerem o divórcio em caso de infidelidade conjugal. No entanto, a primeira questão que surge é a tradução desses textos. Dependendo da versão da Bíblia que você possui, pode haver variações nas palavras utilizadas, como “imoralidade sexual”, “adultério”, “fornicação” ou “prostituição”. Embora esses pecados estejam relacionados ao casamento, não são a mesma coisa.
Porneia
A palavra-chave nessas passagens é “porneia”, que possui vários significados, como prostituição, adultério, fornicação, imoralidade sexual, depravação sexual e idolatria. A palavra “moicheia” é utilizada por Jesus para se referir exclusivamente ao adultério. É importante notar que Jesus não está dizendo que um pecado dá isenção a outro pecado. Ele destaca que um ato pecaminoso, como o divórcio, pode resultar em um pecado maior, que é o adultério.
A interpretação correta desses versículos está diretamente ligada ao contexto da lei do divórcio citada por Jesus. Ele está se referindo à mesma lei do divórcio dada por Moisés, que os fariseus também mencionam. Portanto, podemos concluir que a palavra “porneia” está no contexto da lei do divórcio de Moisés.
Agora, cabe a nós compreender o significado mais apropriado para essa palavra. Para isso, é necessário analisar os versículos anteriores, tanto no capítulo 5 quanto no capítulo 19 de Mateus. Jesus está citando a lei do divórcio e respondendo às perguntas dos fariseus sobre esse assunto. É importante ressaltar que a palavra “porneia” está relacionada ao contexto da lei do divórcio de Moisés, o que nos ajuda a entender que não se trata exclusivamente de adultério, mas de uma ampla gama de pecados sexuais.
A extensão da palavra Porneia
Portanto, podemos concluir que Jesus não está permitindo o divórcio apenas em caso de adultério. A palavra “porneia” engloba diversos pecados sexuais, como prostituição, fornicação e imoralidade sexual. A interpretação correta desses versículos nos mostra que Jesus não está dando uma permissão direta para o divórcio em caso de infidelidade conjugal, mas está enfatizando a importância de se evitar o pecado e as consequências de um ato pecaminoso, como o divórcio, que pode levar ao adultério.
É fundamental buscar um entendimento claro e profundo da Palavra de Deus, especialmente em questões tão sensíveis como o divórcio. Devemos sempre lembrar que a vontade de Deus é que os casamentos sejam fortes e duradouros, e que devemos buscar a reconciliação e o perdão em todas as situações.
A exposição de nudez na lei do divórcio também é um tema relevante e merece uma análise detalhada. A palavra “porneia” tem sido objeto de muita discussão e interpretações diversas quando se trata da lei do divórcio em Deuteronômio 24. A fim de entendermos melhor o significado desta palavra, é prudente que façamos a leitura da citada lei de Moisés sobre o divórcio, no capítulo 24 de Deuteronômio. No primeiro verso, está escrito: “Se um homem casar-se com uma mulher e depois não a quiser mais, por encontrar nela algo indecente, dará a ela certidão de divórcio e a mandará embora.”
A palavra indecente
Aqui, surge a palavra “indecente” na história, mas vale ressaltar que algumas versões utilizam a palavra “imoralidade”. No entanto, é importante lembrar que esse texto foi originalmente escrito em hebraico, então precisamos ir ao hebraico para descobrir qual a palavra utilizada para descrever “indecente”. Surpreendentemente, a palavra utilizada significa “nudez”.
A princípio, ao fazer uma leitura literal, pareceria que o texto está dizendo que se um homem descobrir a nudez de sua mulher, ele pode dar a ela o divórcio. No entanto, essa interpretação não parece fazer muito sentido. Quando analisamos todo o texto no seu idioma original, fica claro que o que o texto está realmente dizendo é que se um homem, depois de se casar com sua mulher, descobrir que ela expôs a sua nudez a outro, então ele pode dar a ela a carta de divórcio e despedi-la.
A importância da nudez
Agora, surge a pergunta: o que constitui a exposição de nudez? Podemos encontrar a resposta ao analisar os contextos em que a exposição de nudez é mencionada na Bíblia. Existem três casos principais em que pode haver a exposição de nudez: adultério, prostituição e imoralidade sexual.
No caso da prostituição, podemos verificar em Deuteronômio 22 que há uma lei específica a respeito desse assunto, e se essa lei prever o divórcio, então saberemos que a nudez mencionada no capítulo 24 se refere à prostituição. No entanto, ao lermos a lei da prostituição, vemos que a condenação era a morte, o que indica que a nudez mencionada no capítulo 24 não se refere à prostituição.
A fornicação, por sua vez, é o pecado do sexo realizado antes do casamento por parte do marido e da esposa. No entanto, ao analisarmos a condenação do pecado da fornicação, vemos que era justamente o casamento. Ou seja, quando cometiam fornicação, ambos eram obrigados a se casar. Portanto, a nudez mencionada no capítulo 24 também não se refere à fornicação.
Resta-nos o caso do adultério. Ao observarmos a lei do adultério em Deuteronômio 22, vemos que a condenação era a morte tanto para o homem quanto para a mulher envolvidos. No entanto, ao analisarmos a lei do divórcio, percebemos que o divórcio não era uma opção para o adultério, mas sim a morte. Além disso, Jesus também menciona que aquele que cobiça a mulher do outro já cometeu adultério em seu coração. Portanto, podemos inferir que a exposição de nudez mencionada no capítulo 24 se refere ao adultério.
Conclusão
A Divórcio e o adultério são dois assuntos complexos e sensíveis que têm sido discutidos ao longo da história e continuam sendo relevantes na sociedade atual. Embora existam muitas perspectivas diferentes sobre essas questões, é importante abordá-las com um profundo entendimento da perspectiva bíblica. Neste
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